São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994 |
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Novo procurador-geral defende restrições ao Ministério Público
CLÁUDIA TREVISAN
"Essa regulamentação deverá evitar a conversão do inquérito civil ou da ação civil pública em instrumento destinado a atender interesses políticos ou partidários, de uma determinada pessoa ou de setores de um determinado veículo de comunicação", disse Burle em seu discurso de posse. Até o ano passado, qualquer integrante do MP podia abrir inquéritos ou propor ações civis públicas para investigar irregularidades em qualquer área. A nova Lei Orgânica do MP, aprovada em novembro, concentrou nas mãos do procurador-geral as investigações que envolvam governadores, secretários de Estado e os outros integrantes da administração direta e indireta. Os demais casos continuam a ser tratados pelos promotores e procuradores. Burle não dá detalhes sobre a regulamentação que proporá ao conselho. Diz que está estudando o assunto e que as regras, se aprovadas, estabelecerão "condições" para abertura de inquérito e para o início de ação civil pública. O novo procurador-geral tomou posse para um mandato de dois anos. Ele é ligado ao governador Luiz Antonio Fleury Filho e venceu dois candidatos da oposição na eleição realizada em janeiro. No seu discurso, fez apelo à "pacificação" do MP. "Nós já temos, no plano exterior, inimigos suficientes, fortes e poderosos." Inimigos Entre os inimigos estão os que defendem a limitação da autonomia do MP pela revisão constitucional. "O Ministério Público, ao exercer suas funções, acaba gerando ressentimentos em segmentos da área econômica e da administração pública", disse. Fleury foi representado na posse pelo secretário de Justiça, Antonio Meyer. Texto Anterior: Nasa quer fazer nova sonda para ir a Marte; Novo foguete chinês lança dois satélites; Russos na MIR e no Discovery conversam Próximo Texto: Aprovação do FSE amarra candidatura FHC Índice |
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