São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994 |
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Desvinculação de gastos atrapalha negociação
FERNANDO GODINHO
Sem a desvinculação destes gastos, o FSE terá um desfalque líquido de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, segundo a assessoria técnica do PSDB, partido do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Pelo texto final do governo, o FSE fica com os 20% do IPMF destinados aos programas de habitação e retém este mesmo percentual dos 18% de receita destinados constitucionalmente à educação. O PMDB e o PT apresentaram destaques para manter a vinculação destes gastos. No mesmo sentido, o PPR chegou a preparar uma emenda aglutinativa à emenda do governo, que não recuou em nenhum dos pontos. A única concessão feita pela equipe econômica foi garantir, para 1994 e 1995, o mesmo nível real de investimentos em educação feito em 1993. Para os programas de habitação, o governo prometeu investir três vezes mais do que investiu em 1992. Desde que começou a negociar a aprovação do FSE, o governo cedeu em vários pontos, sem alterar o valor final do fundo, previsto em US$ 9,3 bilhões. A concessão mais recente deixou de fora o artigo 74, que obrigava o governo a gastar com o funcionalismo público federal, em 1994 e 1995, o mesmo que gastou em 1993, considerada a evolução inflacionária. Foram aceitas as sugestões de, a partir de 1995, submeter a regulamentação do FSE a uma legislação complementar e impedir a edição de Medidas Provisórias para regular a aplicação dos recursos. (Fernando Godinho) Texto Anterior: STF diz que FSE precisa esperar Índice |
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