São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994
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Espelho d'alma (1); Espelho d'alma (2); Mil vezes escândalo; Amazônia, índios e missionários;

Espelho d'alma (1)
"Em sua coluna de 4/02, 'Uma vergonha nacional', o sr. Luís Nassif desabafou em nome de todos os brasileiros verdadeiramente honestos, patriotas e trabalhadores. Nas próximas eleições, será a nossa vez, depurando o Congresso Nacional e deixando de fora da política essa corja que assola os poderes públicos. Parabéns!"
Paulo Guerra Filho (Belo Horizonte, MG)
"O artigo 'Uma vergonha nacional', do sr. Luís Nassif, publicado na edição de 4/02, revela bem o que sinto e, acho, o que a grande maioria sente. Dizem, com razão, que há os políticos honestos, mas como vamos achá-los?"
Radoico Camara Guimarães (São Paulo, SP)

Espelho d'alma (2)
"Parabenizo Arnaldo Jabor pela lucidez apresentada no artigo 'O Congresso pode desmoralizar a democracia', publicado na edição de ontem. É inadmissível aceitar passivamente as ações desses 'senhores de terno' que lotearam nosso país."
José Adilson Gomes (Barra Mansa)

"Obrigado, Arnaldo Jabor, pelo artigo da edição de ontem. A sua indignação é a minha indignação, a do povo brasileiro, miserável, desprezado, da pátria aviltada. Como sempre você atinge a alma. Basta de Sarney, Quércia, ACM, Maluf, Amin, Fleury."
Sandra Leonardo (São Paulo, SP)

Mil vezes escândalo
"O superescândalo da anistia da correção monetária no crédito agrícola (quase US$ 100 bilhões somente no Banco do Brasil) parece ser, em cifras, cerca de mil vezes maior do que o recente escândalo da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional. Tudo está nas mãos do Senado, do qual se espera maior responsabilidade, rejeitando o projeto, já que, por se tratar de decreto legislativo, o presidente da República não poderá vetar."
Claudinei Pinheiro Machado (São Paulo, SP)

Amazônia, índios e missionários
"Extremamente oportuna a publicação do artigo 'Amazônia, índios e missionários', do ministro Rubens Ricupero (Folha, edição de 31/01). Neste momento em que assistimos a uma clara campanha pela revisão e retirada dos direitos indígenas constantes na Constituição Federal, sob o falso perigo do cerceamento da soberania nacional, é estimulante ver que há vozes no governo preocupadas com o destino desses povos em nosso país. Com argumentos sérios e realistas, o ministro dá uma aula de política e cidadania a muitos políticos da região Norte, que querem fazer crer, através de velhos argumentos, que os índios impedem o progresso e o desenvolvimento da Amazônia."
Luís Donisete Benzi Grupioni, do Grupo de Educação Indígena (São Paulo, SP)

Fome na Bahia
"De acordo com o caderno Fome que a Folha distribuiu no dia 19/12, a Bahia lidera a fome no país, com 14% de miseráveis. É constrangedor assistir pela TV crianças morrendo de fome e sede na área assolada pela seca sem que alguém lhes preste qualquer tipo de socorro. E o que faz o sr. governador Antônio Carlos Magalhães? Constrói lindas estradas e embeleza o Pelourinho, sob os aplausos de dona Zélia Gattai. Ninguém é contra a restauração de monumentos históricos ou construção de estradas. Entretanto, a prioridade é para o ser humano."
Alice Soares Ferreira (São Paulo, SP)

Evangélicos
"Em referência ao artigo de Jorge Amado publicado dia 3/02 na Ilustrada, em homenagem a Mãe Menininha do Gantois, gostaria de comentar o seguinte: Jorge Amado declara que nenhum pastor evangélico tem o prestígio de Mãe Menininha. É preciso que o escritor considere que para 'apenas' 35 milhões de brasileiros, que professam a fé no evangelho de Cristo conforme documentado na Bíblia, não é bem assim. Excetuando-se certos cidadãos que envergonham a comunidade cristã (especialmente na política), temos líderes respeitados e prestigiados."
Ricardo Muniz, assessor da Aliança Bíblica Universitária (São Paulo, SP)

Duas visões
"Diferente do rapaz do comercial, o ex-ministro Bresser Pereira foi, no mesmo dia, ele hoje e amanhã. Na pág. 2-2 do caderno Dinheiro de 8/02, na pele de economista 'responsável', defende a conversão do salário mínimo em URV pela média (miseráveis US$ 67), salário que mata de fome milhões de trabalhadores. Já na pág. 2-8 do mesmo caderno, na pele de 'trabalhador', está processando seu antigo patrão ('Pão de Açúcar'), cobrando seus direitos trabalhistas (FGTS, 13.º salário, férias etc.), sobre um salário que certamente está longe de ser o mínimo-miséria proposto por ele."
Carlos Ruy Nunez Barbosa (Rio de Janeiro, RJ)

Fundos de pensão das estatais
"O crescimento financeiro dos fundos de pensão das estatais está comprometido. Através da resolução 2.038, de 23/12/93, o Banco Central determinou aos fundos a aquisição compulsória de notas do Tesouro Nacional série R (NTN-R). Quer dizer, 35% da renda dos fundos de pensão será destinada à compra desses títulos. A decisão do BC mais uma vez reforça a postura discriminatória do governo em relação aos aposentados e pensionistas. Aquisição compulsória é uma forma de confisco."
Miled Assed (Rio de Janeiro, RJ)

Reajustes diferenciados
"Só mesmo um governo medíocre e descompromissado com o caos social é que pode enviar ao Congresso Nacional uma emenda a Constituição que desvincula os reajustes salariais dos militares dos outros trabalhadores."
Antonio Carlos de Oliveira Silva (Volta Redonda, RJ)

A menopausa é justa
"'Menopausa é injustiça natural.' A respeito desta frase, proferida pelo professor dr. José Aristodemo Pinotti na edição de 17/01, com nossas desculpas ao pensamento do ilustre professor, temos que discordar do colega, pois absurda considero a comparação com Charles Chaplin, que foi pai aos 81 anos. A menopausa foi justa com a mulher, quando protege a sua vida e a do seu filho, que é gerado no auge da forma física da mulher, no vigor de sua juventude! E ainda mais, dentro da normalidade, esta criança terá a proteção, os cuidados e o carinho de sua mãe durante todo o seu crescimento e desenvolvimento. Fica a pergunta: a natureza não é perfeita?"
Antonio da Silveira, médico (Açailândia, MA)

Candidatura Lula
"A decisão da Executiva Nacional do PT de proibir a participação de sua bancada no processo revisional mostra que parte dos dirigentes do partido, capitaneados por setores desconectados da vida real, discutem questões importantes para o país e para o partido com um espelho à sua frente, ou seja, somente dispensam atenção a suas próprias palavras. Participam de discussões sem a menor disposição de ouvirem e muito menos de serem convencidos. O que nos passa é que a vontade de setores do partido é de acirrar uma disputa mesquinha entre o diretório e a bancada federal. Felizmente, a bancada, imbuída de racionalidade e sensibilidade, não embarcará nessa canoa. Que permaneça a posição equivocada do diretório, que acabou fazendo o que as elites políticas queriam: atrapalhar a candidatura Lula."
Oliveiros Marques (Brasília, DF)
"No Brasil vemos o roto se unindo ao esfarrapado para tentar combater o Lula nas eleições deste ano."
Gilberto A. Giusepone (São Paulo, SP)

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