São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 1994
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Suposto bicheiro dirige a liga das escolas

LUIZ CARLOS DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Se alguém perguntar a Solon Tadeu Pereira, 45, presidente da Vai-Vai e da liga das escolas, se ele dirige alguns pontos de jogo do bicho no Bixiga (centro), ele nega. "Passei para o meu filho", desconversa. Mas a polícia o considera um bicheiro, embora nada conste em sua ficha criminal.
Tadeu, como é conhecido, joga em muitas frentes. Possui também lojas de galvanoplastia e pneus.
Baixo e dono de uma barriga saliente, Tadeu agora anda menos "montado" que no ano passado. Retirou cinco anéis e exibe apenas um, além do telefone celular e dos óculos escuros.
Começou na escola em 1977. Há quatro anos é o presidente de fato. Vangloria-se de ter saldado todas as dívidas e de dirigir uma escola "realmente democrática". "É a única de domínio público. Qualquer um que tenha dois anos de filiação pode ser presidente", afirma, com uma ponta de ironia para as escolas de "presidentes vitalícios".
Casado, é pai de Mauro, 18, um metaleiro, e de uma filha adotiva de 14 anos. Em sua ficha criminal consta uma condenação por homicídio, em 1983. "Reagi a uma tentativa de assalto", afirma. Pegou quatro anos de reclusão, que cumpriu em liberdade condicional. (LCD)

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