São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Pernambuco faz derivado desde 85

Produção é de 40 mil frascos/ano

MARCELO LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

"Se há um serviço público sério no Brasil são os hemocentros", afirma com convicção a bioquímica Cândida Cairutas, 59, diretora de processamento industrial de plasma do Hemocentro de Pernambuco (Hemope). Ela chefia uma linha de produção com 20 funcionários que funciona a apenas 4ºC, produzindo albumina pelo tradicional "método de Cohn", criado na década de 40.
Segundo Cairutas, quem sabe fabricar Mercedes-Benz (método de Cohn) não tem dificuldade para produzir Fuscas (cromatografia, a técnica usada pela Fundação Pró–Sangue de São Paulo). Da fábrica que ajudou a criar saem anualmente 40 mil frascos de albumina, com 98% de pureza, que são fornecidos à Central de Medicamentos (Ceme) do governo federal a preço de custo.
Como seu congênere em São Paulo, o Hemope –que foi criado em 1977 como o primeiro hemocentro do Brasil– é uma fundação de caráter público. O governo pernambucano paga somente salários e encargos sociais, segundo Cairutas, e o restante é suprido com receitas próprias.
O Hemope processa uma média de 5.000 doações por mês. Tem uma enfermaria com 40 leitos para atender pacientes com doenças do sangue. Assim como a Fundação Pró-Sangue, se prepara para produzir os fatores 8 e 9 ainda este ano, com tecnologia francesa. (ML)

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