São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Empresas cortam todo o país

DA REPORTAGEM LOCAL

Filhos do cruzamento da recessão com o desmanche dos orgaõs federais de fiscalização, os ônibus piratas rodam por todo o país. A lista de autuações do DTR pega apenas as grandes empresas, entre elas a Itapemirim, Penha, São Geraldo e Águia Branca. Outra lista, de queixas registradas no DTR e Polícia Rodoviária Federal, envolve 54 empresas e exibe um flagrante da economia informal.
As grandes empresas caem na ilegalidade ao forçar novas linhas, mas estão autorizadas a fazer o transporte em linhas regulares. As piratas não pagam impostos, não seguem a legislação trabalhista, não cumprem as mínimas exigências técnicas, não têm autorização e, ainda assim, atravessam o Brasil de ponta a ponta. Empresas piratas levam passageiros de Belém (PA) a Porto Alegre (RS), do Rio de Janeiro a Carajás (PA), de Erechim (RS) a Porto Velho (RO).
A empresa de excursões funciona no bar "Pássaro Preto". Os responsáveis são Alcides e Vicente. À Folha, um dos encarregados do bar explicou: "Você vai e, em Mombaça, você procura pelo Ademar no 743-1376". (BF)

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