São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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'Atendemos os passageiros'

DA REPORTAGEM LOCAL

Citadas no relatório do Departamento de Transportes Rodoviários por transporte "não autorizado" de passageiros, três das maiores empresas do setor foram ouvidas pela Folha. O diretor geral da Águia Branca, Renan Chieppe diz: "Nós tínhamos pedidos de linhas que o DNER não julgava. Todo o mercado se embandeirou para o lado da Justiça, os juízes é que passaram a decidir, através de liminares, quem podia ou não operar uuma linha. Certas vezes, quando uma liminar concedida é cassada, o ônibus têm que sair do mesmo jeito, pois você não pode deixar de atender os passageiros".
Pela Itapemirim falou o gerente setorial Ronaldo Fassarella: "Nós não fazemos linhas clandestinas. Estas autuações são por conta de liminares que são derrubadas quando já há passagens vendidas. Temos que atender o passageiro.". Na Viação São Geraldo o encarregado de rodoviárias, Geraldo Correa, foi direto ao assunto: "Por vezes a gente entra numa linha e, é claro, o concorrente protesta. Aí vem a autuação e, se tem liminar, ele pede a cassacão".
"O problema do pirata é que ele não tem hora para chegar ou sair", explica o diretor do DTR, Silvio Caracas. "E como não se pede documento para ninguém, embarca quem quer e daí aumenta o problema da segurança", diz Rubens Pontes.

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