São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Juros caem a partir de 4.ª

O DER (Depósito Especial Remunerado), que recebeu de volta os cruzados novos bloqueados no Plano Collor 1, passará a render menos a partir desta quarta-feira. Os juros cairão para 6,5% ao ano.
Quando o DER foi lançado, em agosto de 91, os juros eram de 8% ao ano. Em fevereiro de 93 passaram a 7,5% ao ano, em agosto para 7% e a partir desta semana, 6,5%. Os juros serão igualados aos da poupança livre a partir de 16 de agosto próximo.
Há uma diferença no cálculo dos juros entre poupança e DER. Na caderneta normal, é sempre 0,5% ao mês, independentemente do número de dias. Por isso, os juros efetivos são de 6,17% ao ano.
No DER, os juros são calculados para 365 dias, o que resulta, com os atuais 7% ao ano, em 0,01854% ao dia corrido. Passando para 6,5% ao ano, os juros serão de 0,01725% ao dia. A consequência disso é que este mês, com apenas 28 dias corridos, os juros serão de 0,503%, praticamente igual aos da poupança. Em março, com 31 dias, subirão para 0,536%.
Os bancos e caixas econômicas vêm estimulando o saque do dinheiro que está no DER e a razão é simples: os recursos têm aplicação compulsória e dirigida a áreas específicas do setor rural. Em dezembro passado, permaneciam no DER apenas 17% do total liberado.
Mas saiba que não há vantagem em retirar o dinheiro do DER e transferi-lo para fundão, poupança ou mesmo CDB, a não ser, neste último caso, que a taxa seja a mais alta. A TR, que corrige os saldos do DER, está mais competitiva, como vem mostrando a poupança. Além do mais, o DER tem liquidez diária, embora os créditos sejam feitos todo dia 1.º. Segundo a circular 2.369 do Banco Central, quando há saque integral fora do aniversário do dia 1.º, o dinheiro deve ter correção pro-rata (proporcional) inclusive para os juros. Quando o saque é parcial, o próximo crédito incide sobre a média aritmética dos saldos diários.

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