São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Prêmio para o assinante; Cultura inútil; O futuro da Justiça; Por que perdão; Ombudsman; Mistura brasileira; Morteiros e obuzes; Nome genérico; O Ceará; Gasolina no Brasil; Ônibus clandestino

Prêmio para o assinante
"Diante de tanta propaganda do 'outro' jornal em torno de oferecimento de prêmio para assinantes, quero sugerir um também para nós. Nada de carro, que já está muito batido. Algo mais modesto e mais crível: sortear entre os assinantes um pacote que ofereça mil dólares e uma assinatura semestral ou anual. Quero adiantar que, com ou sem prêmio, continuarei sempre com a Folha, meu jornal preferido, há muito tempo, desde que existe."
Isolina Bresolin Vianna (Bauru, SP)

Cultura inútil
"Uma coisa eu ainda não consegui: ver uma entrevista minha que não tenha passado pelo cruel crivo da edição, e muitas vezes, para meu completo pesar, transformada em cultura inútil. Tomei um susto com a chamada da minha entrevista, publicada na Revista da Folha de 30/01. Vi palavras separadas do seu sentido de origem, e tudo me pareceu tão pequeno... Citei Madonna, tirando o chapéu para ela, porque não sinto no seu cantar uma musicalidade oriunda do talento, mas ela conseguiu fazer consigo mesma um trabalho sensacional. Ela se fez um sucesso com qualidade, e eu a respeito muitíssimo por isso. Seguindo: não acuso nem nunca acusei as gravadoras de falta de coragem. Acho e sempre achei que não é delas que se deve esperar modificações culturais expressivas para o mercado. Em relação a sexo: prefiro uma relação! E eu já tenho tudo o que poderia querer. Sou casada, e muito bem casada, obrigado. Quem é ele? Não vejo razão para revelar aqui."
Zizi Possi, cantora (São Paulo, SP)

O futuro da Justiça
"Parabéns ao dr. Antonio Ermírio de Moraes pelos conceitos emitidos no artigo 'A justiça e o nosso futuro' (Folha, 30/01). As medidas sugeridas pelo ilustre engenheiro (aperfeiçoamento dos procedimentos de autocomposição, simplificação processual) vêm sendo sustentadas pelos nossos melhores juristas, com alguns resultados significativos (v.g., juizados de pequenas causas). A desconfiança em relação aos sistemas de controle externo do Poder Judiciário (que aponta corretamente como dando 'ensejo a interferências indevidas') também mostra a lucidez do ilustre articulista."
Carlos Moreira De Luca, presidente da Associação dos Magistrados Trabalhistas da Segunda Região (São Paulo, SP)

Por que perdão
"A questão dos juros e da correção monetária sobre os débitos agrícolas não está sendo enfocada corretamente pela Folha e alguns de seus mais importantes articulistas. Vocês não buscam as nascentes da questão, certamente com receio de ter de dar razão aos agricultores. A vocês pouco importa que as regras de cobrança dos juros e da correção monetária no caso em foco tenham sido fixadas pelo plenário do Conselho Monetário Nacional, um órgão governamental que, segundo respeitados tributaristas, não tem, como nunca teve, poder deliberativo sobre questões tributárias."
Manoel Carlos A. de Almeida (Ilhéus, BA)

Ombudsman
"A sorte desse jornal é poder contar com uma ombudsman como Junia Nogueira de Sá. Junia alertou a Redação para o fato de que se não houver uma preocupação em discutir, igualitariamente, todos os programas de governo de todos os partidos, o jornal estará fazendo por baixo do pano a mesma coisa que os sindicatos: campanha."
Marilu André (São Paulo, SP)

"Manifesto minha integral concordância com as críticas feitas pela ombudsman da Folha sobre o suposto programa de governo do PT."
José Nobre Guimarães (Fortaleza, CE)

"Venho parabenizar Junia Nogueira de Sá pelo o artigo 'Um é pouco, dois é demais', veiculado na edição de 23/01. O assunto abordado é uma realidade nos meios de comunicação do Brasil."
Edeval Dorico da Cruz e Silva (Cuiabá, MT)

Mistura brasileira
"Manifesto meu total apoio à carta do governador do Rio Grande do Sul, Alceu Collares, na Folha de 27/01, no que se refere ao seu protesto quanto as bobagens escritas pelo sr. Alvin Toffler sobre o separatismo no Brasil. Nosso país é único no mundo em termos de 'mix' racial e cultural e isso constitui o principal elo da unidade da nação."
Ana Luiza Jardim Loureiro (Maceió, AL)

Morteiros e obuzes
"Mais uma vez a Folha noticiou sobre o genocídio em Sarajevo com as palavras 'o morteiro explodiu no meio da praça do mercado, matando e ferindo...'. Desculpem, mas um morteiro é uma peça de artilharia pesada que atira obuzes contra o alvo escolhido."
Hans Aninger (Belo Horizonte, MG)

Nome genérico
"Palavrões, agressões verbais e algumas vezes físicas, acusações, suspeitas, perseguições, calúnias, ameaças, dossiês, acordos secretos, comércio de consciências. A tudo isso dá-se o nome genérico de campanha presidencial, onde o seu vencedor, seguindo os padrões da disputa, deverá ser considerado o homem mais honrado da nação."
Nélio Índio do Brasil Simões (Campinas, SP)

O Ceará
"Após trabalhar e residir no Ceará afirmo, sem medo de errar, nunca houve tanto crescimento, enxugamento de dívidas e da máquina administrativa e melhoria na qualidade de vida como nos últimos oito anos. Achei de extrema miopia administrativa a crítica de uma leitora (Painel do Leitor, 10/02) aos governadores Tasso Jereissati e Ciro Gomes, parecendo-me, até, mágoa de funcionalismo público."
Ciro Belluca Margoni (São Paulo, SP)

Gasolina no Brasil
"Gostaríamos de esclarecer à leitora Maria Estela Galeazzi que, ao contrário do que ela afirma na carta publicada em 31/01, a gasolina do Brasil não é 'tão cara'. Na realidade, o consumidor brasileiro paga em torno de 50 cents de dólar por litro (e não 90, como afirma a leitora). Esse preço é inferior ao praticado em países como Itália e Holanda (1 dólar por litro); França (90 cents); Alemanha (80 cents); Grã-Bretanha e Argentina (70 cents) e outros. É preciso esclarecer ainda que os impostos e taxas representam 33,6% do preço final da gasolina. Aí estão embutidos também 23% de subsídios, que permitem a prática de preços menores para o gás de cozinha e óleo diesel e possibilitam que as regiões mais distantes paguem os mesmos preços dos grandes centros urbanos. Nos EUA, os impostos somam apenas 21% e não existem subsídios, permitindo, lá, a prática de preços menores."
José Samuel Magalhães, coordenador do Movimento Nacional em Defesa do Sistema Petrobrás (São Paulo, SP)

Ônibus clandestinos
"Venho criticar a atuação da Prefeitura de São Paulo na apreensão de ônibus clandestinos. Se não está na competência da prefeitura atender a necessidade da população com ônibus em quantidade e qualidade necessárias, que os clandestinos façam isso, pois existem ônibus de linha em pior situação que muitos clandestinos."
Juliana Bezerra Guerra (São Paulo, SP)

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