São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 1994
Texto Anterior | Índice

Fundo de commodities é melhor opção

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

A rentabilidade dos fundos de commodities deve superar a de outros fundos de investimento e até a da caderneta de poupança nas aplicações na próxima quarta-feira. Isso deve ocorrer se houver a confirmação de uma projeção da Ufir de 39,41% para o período de 16 de fevereiro a 16 de março.
As estimativas do Banco Real são de que os fundos de commodities de 18 instituições financeiras rendam bruto, em média, 41,85% no período; contra 41,39% dos fundos de renda fixa tradicionais e 41,93% dos fundos de renda fixa DI.
Os fundos de commodities têm uma tributação de 25% de Imposto de Renda sobre o que exceder a variação da Ufir, contra 30% dos fundos de renda fixa.
Ao se retirar os impostos com base na variação da Ufir de 39,41%, os fundos de commodities deverão render líquido, em média, 41,24% no período de 16 de fevereiro a 16 de março, contra uma rentabilidade dos fundos de renda fixa DI de 41,17%; dos fundos de renda fixa tradicionais de 40,80% e das cadernetas de poupança de 39,78%.
Para aplicações com prazo inferior a 28 dias, os fundos de curto prazo carteira livre estão com rentabilidade superior a dos fundões.
Os fundos de commodities têm como vantagem em relação a outras aplicações financeiras a possibilidade de resgate (retirada do dinheiro) a qualquer momento sem perda de rendimento, após a carência de 30 dias.
A caderneta de poupança tem algumas vantagens em relação ao fundo de commodities. As cadernetas costumam exigir um valor mínimo de aplicação menor do que o dos fundos. Além disso, algumas instituições financeiras exigem que o investidor deixe o dinheiro disponível em conta corrente para realizar a aplicação no fundo de commodities, enquanto permitem depósitos em cheque na poupança.
As valorizações de 97,24% no índice Bovespa no mês de janeiro e de 39,82% no mês de fevereiro até o momento estão despertando a atenção dos pequenos investidores para o mercado acionário.
Os administradores de fundos começam a reavaliar a perspectiva de tendência de fortes altas no mercado acionário. Não se acredita na repetição este mês do mesmo desempenho de janeiro, apesar do crescente aumento no volume de negócios por conta de investidores estrangeiros.
Os fundos de ações não são indicados para investidores que precisam do dinheiro com prazo determinado, pois correm o risco de ter que vender quando o mercado está em baixa.
Os fundos de ações são mais interessantes para o pequeno investidor do que a escolha de uma ação específica. O investidor comum não costuma acompanhar fatos relevantes, como distribuição de dividendos e aumentos de capital. O resultado é que por falta de informação suas ações acabem "virando pó" mesmo em períodos longos.
O difícil no investimento nos fundos de ações é descobrir a hora de sair. É, portanto, um investimento de risco que exige cuidado.

Texto Anterior: Cavalo a passo lento
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.