São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 1994 |
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Mídia global acelera consumo padronizado
NELSON BLECHER
"Nenhuma outra geração esteve exposta a uma massa tão grande de informações", disse Karen, ao desembarcar em São Paulo na última sexta-feira. Trata-se também, segundo ela, do grupo mais aberto para adotar e difundir modismos. A globalização da mídia, que faz com que as mesmas informações sejam consumidas quase simultaneamente em Nova York, São Paulo e Hong Kong, está acelerando o fenômeno de padronização de valores e atitudes. "As jovens japonesas que trabalham já não se resignam a aguardar em casa os maridos que estão bebendo com os amigos", exemplifica. Atingir os jovens com mensagens publicitárias tornou-se um desafio bem mais complexo, em relação há 15 anos atrás. "Hoje sabemos que esse grupo não é monolítico. Prova disso é que a mídia está fragmentada em diferentes tipos de programações. Entre os gêneros musicais, o rock representa apenas 25% do apetite musical deles". O consumidor de 18 anos, que cresceu assistindo à MTV, embalado por videoclips, cultiva um tipo de percepção visual que só recentemente começou a ser explorado pela publicidade –caso do comercial da Nike que mistura o astro do basquete Michael Jordan ao personagem Pernalonga. "Para esse grupo, a sequência lógica não é importante", diz Karen. A linguagem publicitária ainda terá de mudar muito". A filial da Leo Burnett vai conduzir, sob orientação de Karen, uma pesquisa sobre os jovens brasileiros. (Nelson Blecher) Texto Anterior: 'Discount' é alvo do Pão de Açúcar Próximo Texto: Cartões atendem durante o feriado; Rei do Mate abrirá nova loja nos Jardins; Truffi faz lançamento de antena parabólica; Petrobrás centraliza produção de gás Índice |
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