São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 1994 |
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Mãe é acusada de espancar filho até a morte
MARCELO GODOY
Célia é mulher do comerciante Albert Baumann, proprietário do restaurante Nó de Pinho (zona sul). O casal se conheceu há 20 anos e, por não poder ter filhos, decidiu adotar seis crianças. De acordo com Hilda, Célia começou a bater nas três crianças menores depois que elas flagraram o pai mantendo relações sexuais com uma outra empregada. Na manhã de anteontem, a mãe teria começado a beber cerveja após o marido sair às 11h para ir trabalhar. Ela teria levado os seis filhos para a beira da piscina e queria ensiná-los a nadar. No início da noite aconteceu o incidente que motivou o espacamento de Richard. O menino estava tentando sair da piscina, mas sua mãe o teria impedido e ele desferiu um soco na boca de Célia. "Ela tentou afogar o garoto, bateu a cabeça dele no azulejo da piscina e mordeu seus braços e mãos", disse a empregada. Hilda afirmou que pegou a criança, quase desmaiada, e a levou para tomar banho. Mas a mãe a retirou do chuveiro e levou o filho até o quarto, onde o teria atirado no chão e batido sua cabeça no assoalho. Em seguida, o arrastou até a sala e bateu em Richard com um fio elétrico. "Quando cheguei na sala, vi o menino sangrando pelo nariz e boca. Seus olhos estavam parados e ele torcia as mãos", disse Hilda. A babá afirmou que pediu para a mãe socorrer o filho, mas Célia teria se negado dizendo: "Se você quiser, você leva. Vou embora, vou me matar". A empregada estava indo ao Hospital Regional Sul com a criança, quando passou um carro da PM. Ela pediu socorro e os policiais levaram os dois ao hospital, onde Richard morreu. Hilda denunciou o crime e os policiais prenderam Célia na casa. "Ela teria tomado remédios para emagrecer antes de beber, o que pode explicar tanta violência", disse o delegado Paulo Horita, 50. Texto Anterior: Água Branca a Cingapura Próximo Texto: Mãe nega que tenha matado Índice |
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