São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 1994
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Justiça impede Grande Rio de usar o terço nas fantasias

JOÃO BATISTA DE ABREU
DA SUCURSAL DO RIO

Pouco antes do início do desfile da Acadêmicos do Grande Rio, um oficial de justiça, acompanhado por 20 soldados do Batalhão de Choque, chegou à concentração para fazer cumprir uma liminar judicial. O objetivo era impedir que a escola apresentasse no enredo "Os Santos que a África não Viu" imagens ou símbolos que fizessem referência à Igreja Católica.
Assim que circulou a notícia da presença do oficial de justiça, os diretores da escola determinaram a retirada dos terços que ornamentavam a cabeça das baianas. O presidente da Acadêmicos, Jaider Soares, tentou negar o incidente, mas depois acabou admitindo.
O carnavalesco Lucas Pinto negou que tivesse a intenção de ofender qualquer religião. Irritado, Lucas disse que doa periodicamente roupas de seu ateliê para uma entidade católica, que não quis revelar o nome. "A compensação que eu recebo é esta."

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