São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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Metalúrgicos do ABC pedem jornada menor

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, vai propor aos empresários do setor automobilístico, em reunião conjunta com o governador Luiz Antonio Fleury Filho, amanhã, a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais para 40 horas. "Essa é a saída para aumentar o emprego, questão ainda não resolvida no setor", afirmou o presidente do sindicato, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
Ele destacou, no entanto, que essa não é uma condição para o apoio à reivindicação dos empresários, de manter as alíquotas do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre veículos em 12%. O Confaz (Conselho de Política Fazendária) aprovou o aumento gradual para 18% a partir de abril. "Não podemos vacilar diante do Confaz", disse Vicentinho.
"Nós estamos construindo o acordo das câmaras setoriais desde o começo. Não estamos entrando nele oportunisticamente e por isso não podemos colocá-lo em perigo", afirmou.
Para Vicentinho, só o aumento das vendas e da produção pode trazer garantia de emprego. "Sem acordo, haverá uma quebradeira geral. E o Guiba (Heiguiberto Della Bella Navarro, presidente da Confederação dos Metalúrgicos da CUT), vai nos representar na reunião com esse objetivo."
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, filiado à Força Sindical, disse: "Desse jeito nós vamos ter dois acordos diferentes." Ele condiciona o apoio à reivindicação dos empresários, de manter em 12% o ICMS sobre carros, ao aumento de emprego no setor.

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