São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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Empresa do grupo Bunge busca sócios

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

A Proceda Tecnologia e Informática Ltda., empresa do grupo Bunge Brasil, está à procura de novos sócios. Propostas estão sendo analisadas, entre elas a da Construtora Andrade Gutierrez. Não é descartada participação acionária que leve à venda.
O grupo Bunge é um conglomerado de mais de 50 companhias - entre elas, Moinho Santista, Sanbra, Tintas Coral - que atuam nos setores têxtil, imobiliário, financeiro, mineroquímico, de alimentos e de seguros. O grupo está priorizando seus investimentos em áreas de vocação natural, como têxtil e alimentos.
A empresa passou a buscar sócios que tenham como prioridade investir no setor de informática. "Os parceiros que contribuam para o crescimento da empresa serão bem-vindos", diz o presidente da Proceda, Roberto Biagi.
A Proceda está ajustada e com lucros crescentes, mas busca investimentos para crescer em outras áreas e lançar novos produtos.
A empresa já tem uma parceria com o Bradesco, que possui 50% da Elo Tecnologia e Serviços, ramo da Proceda que cuida da parte operacional de cartões de débito e de crédito. Executivos possuem 30% do capital da Unnisa, que cuida da informática e dá assessoria para o lançamento de cartões de crédito próprios dos bancos.
A Proceda tem parceria também com a Geis (General Electric Information Services), para atuar na área de comunicações com 800 cidades em 100 países.
O trabalho de reestruturação da Proceda começou em 1991, quando a empresa saiu do setor de distribuição de produtos de informática e concentrou suas atividades na prestação de serviços.
A Proceda atua em serviços de teleinformática, processamento de dados e assistência técnica em cobertura nacional.
A empresa nasceu em 1966, com a missão de prover as empresas do grupo Bunge Brasil de recursos de processamento de dados. As empresas do grupo representavam 60% do faturamento da Proceda em 1991, reduzindo para 30% ao final de 1993.
A Proceda enfatizou os serviços de processamento de dados para terceiros. As empresas que terceirizavam seus serviços de informática, como a Alcoa Alumínio, Votorantim e grupo Villares, passaram a ser seus clientes.
Dentro da reforma administrativa, a empresa reduziu o número de funcionários de 970 para 400 atuais. Afonso Junqueira de Melo, diretor de recursos humanos, diz que durante o período foram adotadas técnicas "holísticas", que provocaram relaxamento de tensão e aumento de produtividade dos funcionários.
O resultado da reestruturação administrativa foi que a empresa saiu de um prejuízo de US$ 15 milhões em 1990 para um lucro médio de gestão de US$ 4 milhões no período entre 1991 e 1993, afirma Francisco Carlos Marquês, diretor-financeiro da Proceda.

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