São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Incoerências são anedóticas
JOÃO BATISTA NATALI
Mas o caso de 1993 possui um valor didático. Nenhuma lógica explica o fato de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rondônia e Sergipe não terem sido beneficiados por nenhuma emenda. Se as verbas tivessem sido liberadas, os cinco Estados estariam oficialmente de fora do mapa do Brasil cultural. Esse é apenas um dos indícios das incoerências. Um outro está no dinheiro em princípio programado para entidades e projetos. A segunda quantia mais elevada, US$ 181 mil, se destinaria à Fundação Memória Republicana, o Museu Sarney no Maranhão, onde o ex-presidente guarda seus arquivos e construiu seu mausoléu. É bem mais que os US$ 132 mil que a Comissão de Orçamento aprovou para a restauração de edifícios históricos em São Luís, de valor cultural em princípio maior. Um outro exemplo: Pancas é uma cidade do Espírito Santo com 28 mil habitantes. Os bons ventos da sorte fizeram com que o Congresso reservasse US$ 94 mil para seu centro cultural. Na Bahia, a Academia de Letras Jurídicas é uma instituição respeitável. Mas não há muita coerência entre lhe reservar US$ 39 mil e apenas US$ 27 mil para a preservação de edifícios tombados pelo Instituto Geográfico e Histórico. (JBN) Texto Anterior: Congresso loteia orçamento cultural Próximo Texto: 'Relatório pode ter sido alterado' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |