São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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O melhor da fronteira são os free shops

SILAS BOTELHO
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO GRANDE DO SUL

Ir às compras na fronteira Brasil-Uruguai é um dos melhores programas para quem vai ao Sul. Na avenida Sarandi, que junto com suas tranversais forma o free shop de Rivera, no Uruguai, basta apresentar a carteira de identidade para aproveitar as ofertas de bebidas, brinquedos, cosméticos, tênis, eletrônicos e todo tipo de importados (veja preços em quadro abaixo). Nesta região, também vale a pena comprar roupas de lã e de couro, melhores e bem mais baratas que as vendidas no Brasil.
A fronteira que separa Santana do Livramento de Rivera é quase imperceptível, a não ser por pequenos marcos. É conhecida como "Fronteira da Paz", nome que só é esquecido quando o assunto é futebol, principalmente depois que o Uruguai ganhou a Copa de 1950, em pleno estádio do Maracanã.
São comuns casamentos entre moradores das duas cidades, como do ambulante Osmar Cardoso Perez, filho de mãe brasileira e pai uruguaio, casado com a uruguaia Mari de Cardoso Mello. Perez trabalha a 15 metros da fronteira, vendendo cigarros brasileiros mais baratos que no Brasil, além dos ingleses, franceses e americanos.
No final do dia –nesta época do ano por volta das 20h30–, Sarandi, no lado brasileiro, é invadida pelos jovens, que se reúnem nos bares para beber as cervejas uruguaias Pilsen e Patricia. A cultura gaúcha se apresenta nos trajes típicos –bombachas e botas–, na danças e na música. A gastronomia da fronteira é representada pelos churrascos (de gado e ovelha) e pela "parrilada" (prato típico uruguaio à base de miúdos de boi e ovelha assados na brasa). (Silas Botelho)

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