São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 1994
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De balão sobre os vinhedos

SILAS BOTELHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO GRANDE DO SUL

Sobrevoar num balão inflável os 430 hectares de curvas que formam os vinhedos de Santana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai, é uma emoção que não acaba quando se chega ao solo. A visão do horizonte, cravejado de cerros, elevações de arenito e basalto, modelados pelos ventos, dá lugar a novas aventuras sob o paralelo 31.
O clima faz da região a única do país com mais de cem dias de sol e 500 horas de frio abaixo dos 7ºC, oferecendo as melhores uvas e, consequentemente, os melhores vinhos para serem saboreados com o irresistível churrasco gaúcho de gado e ovelha ou com a "parillada" uruguaia.
À noite, o modesto cassino de Rivera, no Uruguai, a cerca de 50 metros de Santana do Livramento, recebe os cruzeiros reais e pesos em suas roletas, "black jacks", bacarás e máquinas caça-níqueis. Mas o melhor mesmo são as compras de importados nas 45 lojas free shop da avenida Sarandi e transversais.
É também depois do pôr-do-sol que Rivera se transforma. Os jovens das duas cidades disputam mesa na calçada dos bares para saborear Pilsens e Patricias, as cervejas locais.
LEIA MAIS
Sobre a região gaúcha das vinícolas nas págs. 6-2 a 6-4.

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