São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994
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AZT impede transmissão de HIV de mãe para filho

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A droga AZT pode reduzir de forma drástica a transmissão do vírus da Aids de mães infectadas para seus filhos recém-nascidos, segundo informaram os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Pesquisa iniciada em 1991 para checar a eficiência do AZT nesse tipo de propagação do HIV foi considerada concluída na sexta-feira passada e seus resultados começaram a ser distribuídos para autoridades médicas de todo o mundo.
Segundo o epidemiologista Harold Jaffe, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a notícia vai dar ímpeto à identificação de mulheres grávidas infectadas pelo HIV. Nos EUA, elas são entre 6 e 7 mil a cada ano, de um total de 4 milhões que dão à luz.
Na média, 25% das mulheres passam o vírus para os seus filhos. O estudo mostra que entre as mulheres que receberam AZT, só 8% transmitiram o vírus. Alguns pesquisadores acham que o AZT pode até eliminar a transmissão.
O AZT vem sendo usado há cerca de dez anos por pacientes com Aids. Ele retarda o progresso da doença em vários deles, mas seus efeitos diminuem depois de um ou dois anos de uso. Segundo o médico Anthony Fauci, o período limitado da gravidez é o que permite ao AZT reduzir a taxa de transmissão do vírus das mães aos bebês.

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