São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994 |
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Agenda mínima racha cúpula do PMDB
EUMANO SILVA
O tiroteio interno do PMDB começou pela manhã durante encontro de Jobim e Lucena. "A obrigação de mobilizar o Congresso é do presidente e não do relator", disse Jobim a Lucena. À tarde, o líder em exercício do PMDB na Câmara, Germano Rigotto (RS), criticou a estratégia de Jobim de tentar votar primeiro os capítulos menos polêmicos. "Essa estratégia de votar a Constituição ponto a ponto levou a uma improvisação da revisão", afirmou Rigotto. Na opinião do líder em exercício, a revisão não está deslanchando porque a Mesa Diretora, presidida por Lucena, não demonstrou interesse em mobilizar o Contresso. Também não há consenso do PMDB sobre a agenda mínima a ser votada na revisão. Jobim tem interesse em votar a quebra dos monopólios, mas Delgado é Contra. O presidente do PMDB, Luiz Henrique também é contra a quebra dos monopólios. "Sou favorável a que votemos apenas os pontos consensuais", disse Luiz Henrique. Rigotto tem uma proposta alternativa para tentar atrair os partidos contrários à revisão. "Os 'contras' poderiam aceitar que o monopólio das telecomunicações fosse votado, e em troca os partidos favoráveis à revisão deixariam de votar o monopólio do petróleo", afirmou. A realização da revisão depende do PMDB, maior partido do Congresso. Sem o partido todo favorável à revisão, dificilmente será alcançado o quórum mínimo de 293 votos favoráveis à aprovação de uma emenda constitucional. "Sem o PMDB, não conseguiremos quórum", afirmou o líder do PPR na Câmara, Marcelino Romano (SP). Texto Anterior: Salários e negócios Próximo Texto: Governadores do Nordeste dizem que revisão precisa ser mais ampla Índice |
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