São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 1994
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Sucessor de Higuita tem o apoio de Maturana

UBIRATAN BRASIL
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

Todos seus passos são atentamente acompanhados por uma crítica legião de torcedores, que não o quer na posição. Mas o goleiro Oscar Cordoba, 24, tem o principal aval, que cala os críticos: o apoio do técnico da seleção da Colômbia, Francisco Maturana. Eufóricos com o retorno do carismático René Higuita, 28, ao futebol, no início do ano, os torcedores esperam sua convocação, o que representaria a volta da ousadia, como dribles no meio-campo.
"René terá que provar que está melhor que Oscar", disse Maturana, que tem suas palavras transformadas em lei, na Colômbia.
O apoio garante tranquilidade a Oscar Cordoba. "Nos momentos difíceis dos jogos, olho para o banco de reservas. E, se o treinador esté me encarando, me sinto mais confiante", disse. Cordoba conta com a experiência de ter passado por seis equipes até chegar ao América de Cali, em 93.
Sua chegada ao clube coincidiu com a prisão de Higuita, por envolvimento passivo no sequestro de uma menina. O goleiro aceitou intermediar o pagamento do resgaste de US$ 50 mil, o que é proibido na Colômbia. Libertado no último dia 2 de janeiro, voltou ao Atlético fora de forma.
A condição de ídolo, porém, não foi arranhada. E isso persegue Cordoba. Para conquistar simpatia, o goleiro se arrisca a atuar como o antecessor, jogando adiantado e até arriscando dribles dentro da área. "Tenho liberdade do técnico para jogar assim. O goleiro, para ele, é também um jogador de ataque." Nesses momentos, Cordoba olha novamente para o banco de reservas e, se Maturana o estiver encarando, é sinal de que abusou.

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