São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994 |
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CMTC recua e questiona acordo da catraca
ALEXANDRE SECCO; LUIS HENRIQUE AMARAL
Christovam afirmou anteontem que sabia da existência de um acordo entre o consórcio vencedor e as empresas de ônibus desde novembro do ano passado e que o considerava legal. "Sabia do acordo, mas ainda desconheço os detalhes. É por isso que vou pedir uma análise", disse Christovam ontem. O negócio movimenta cerca de US$ 800 milhões ao ano. O PT e o PC do B dizem que o contrato é ilegal e uma prova de que a concorrência é uma fraude. Na última sexta-feira, Christovam homologou vencedor da licitação o consórcio das empresas Vale Refeição, Control e Teletra. Anteontem, suspendeu a licitação e encaminhou o processo para que procuradores do município avaliem sua legalidade. "Para que não pairem dúvidas", disse então. A decisão de suspender a licitação foi motivada pela existência do contrato. No documento, as empresas de ônibus firmam o compromisso de se associarem ao consórcio vencedor da licitação. Na prática, as empresas de ônibus ganham a licitação sem participar. O dono da Vale Refeição, Abram Szajman, disse que o contrato entre o consórcio e as empresas de ônibus é "totalmente legal". Segundo ele, as empresas de ônibus só não participaram diretamente da licitação porque teriam dificuldades de organizar toda a documentação exigida no edital. O empresário Maurício Lourenço da Cunha, vice-presidente da AMTU (Associação Municipal de Transportes Urbanos), que representa as empresas de ônibus no contrato, excluiu a possibilidade de o acordo permitir alguma forma de dano aos cofres públicos. Ele também defende que o documento "é totalmente legal, um contrato público sem nada para esconder". Colaborou Luis Henrique Amaral Texto Anterior: Justiça 'derruba' licitação do lixo hospitalar Próximo Texto: 'Ele sabia', diz empresa Índice |
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