São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Combustível sobe 18,5%; reduzido subsídio do gás
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Os combustíveis estão 18,5% mais caros desde a zero hora de hoje. O reajuste é linear e se aplica aos preços do álcool, gasolina, óleo diesel, gás de cozinha (GLP) e demais combustíveis. Este é o segundo reajuste do mês e o quarto do ano. No último dia 7, os preços do álcool e da gasolina já haviam sido reajustados em 16,5%.Com o reajuste, os combustíveis passam a acumular um aumento no ano de 88,24%, contra uma inflação (medida pela Ufir) de 91,77%. Nos últimos 30 dias, o aumento acumulado é de 38,05% –contra 40,99% da variação da Ufir. Na Grande São Paulo, o litro da gasolina passa a custar CR$ 352,00, o do álcool, CR$ 278,00 e o do diesel, CR$ 219,00. Fim do freteTambém a partir de hoje, o gás de cozinha terá preços diferenciados conforme a região do país. O governo desequalizou os preços do GLP e vai repassar aos consumidores o custo do frete do produto. Nos centros próximos às distribuidoras, os consumidores pagarão cerca de 9% a mais pelo botijão de gás, além do reajuste autorizado. Nas regiões mais distantes, o aumento adicional será de 20%. O governo subsidiava integralmente o frete do gás, de modo que seu preço final fosse igual em todo o país. Isso custava aos cofres públicos US$ 11,2 milhões mensais e será reduzido para cerca de US$ 3 milhões mensais. O governo continuará subsidiando o frete apenas quando o valor deste exceder 20% do preço do gás no posto revendedor. Cerca de 25% dos brasileiros continuarão se beneficiando do subsídio. A medida, disse o ministro interino das Minas e Energia, José Israel Vargas, visa acabar com as fraudes das distribuidoras, que causavam prejuízos de US$ 35 milhões a US$ 40 milhoes por ano com a emissão de contas-fantasmas de frete. Segundo ele, o Departamento Nacional de Combustíveis já enviou à Polícia Federal dez processos de fraudes na distribuição de gás, que envolvem recursos da ordem de US$ 8 bilhões. Para não onerar o consumidor de baixa renda, o governo vai destinar parte dos recursos utilizados no subsídio do frete para ampliar o universo de aplicação do vale-gás. O limite mínimo de consumo de energia elétrica para concessão do vale-gás passa dos atuais 60 quilowatt/mês para 75 quilowatt/mês. O número de famílias beneficiadas pelo programa sobe de 4,7 milhões para 6 milhões. Texto Anterior: Procon prevê alta recorde para cesta básica Próximo Texto: Água tem o maior reajuste Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |