São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994
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Entenda a insurreição de 93

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A rebelião armada de comunistas e nacionalistas contra Boris Ieltsin, em outubro do ano passado, teve origem na "terapia de choque" que o presidente estava aplicando na economia russa desde o início de 1992, com altas no desemprego e na inflação.
Comunistas e ultranacionalistas eram maioria no Congresso dos Deputados do Povo (CDP), o Parlamento eleito em 1991, ao tempo que a URSS ainda existia. O Legislativo rejeitara um plebiscito proposto por Ieltsin para aprovar uma reforma constitucional e barrava as iniciativas econômicas do presidente. Em 21 de setembro, Ieltsin dissolveu o CDP.
Liderados pelo presidente do CDP, Ruslan Khasbulatov, e pelo vice de Ieltsin, Alexander Rutskoi, parlamentares comunistas e nacionalistas ocuparam a sede do Legislativo com apoio de guardas armados. O impasse durou 14 dias.
Em 3 de outubro os rebeldes tentaram tomar a sede da TV estatal, defendida por tropas pró-Ieltsin, e houve uma batalha de rua. No dia 4, o presidente declarou estado de emergência e lançou tropas contra o Parlamento, com um saldo de mais de 140 mortos.
Ieltsin em seguida convocou novas eleições parlamentares. O pleito, realizado em dezembro, manteve nacionalistas e comunistas em maioria no novo Parlamento.

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