São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994 |
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Mistura de ritmos embala as danceterias da ilha
SÉRGIO DÁVILA
O refrão ("lo chupan, lo sacan, caramelo!") é parodiado pelos jovens. "Caramelo" vira "mama-huevos", palavrão que alude a uma prática sexual nada honrosa a heterossexuais masculinos. Na Guacara Taina, a discoteca mais agitada da capital –100 pesos (CR$ 4.520,00) a entrada, os DJs misturam dance, rap, hip-hop a merengue, salsa e bolero. A moçada dança. E não fuma na pista. O merengue, música, é a língua oficial do país. É como se todas as dancenterias e rádios brasileiras só tocassem samba. O papa do ritmo é Johnny Ventura, o merengueiro mais antigo da ilha. Seu sucesso atual é "Pitaste?", a história de um casal que dormia em quartos separados e só fazia amor quando um dos dois apitava chamando. Detalhe curioso: os DJs e o público não pensam duas vezes antes de traduzir as palavras de ordem nas danceterias. Quando a música grita "Pump It Up!", os dominicanos respondem "Arriba!". (Sérgio Dávila) Texto Anterior: Reserve tempo e dinheiro para se esbaldar na água Próximo Texto: Há sempre grutas e rios pelo caminho Índice |
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