São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 1994 |
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O segredo do bolicheiro Candidato pelo PDT à Prefeitura de Caçapava (RS), em 1992, Galeno Teixeira e seu vice, Ari Moreira, foram parar no povoado de Capão das Galinhas. O sol a pino sobre a estrada de terra travara a garganta da dupla e eles decidiram tomar uma cerveja. Rumaram então para o único estabelecimento do lugar: um armazém. No balcão, cochilava um bolicheiro –que é como gaúcho chama dono de armazém. No cômodo, nenhum sinal de geladeira. Meia dúzia de garrafas empoeiradas repousavam na prateleira. Resignado, Galeno mandou descê-las. A sede era tanta que ninguém reclamou. Entre um gole e outro, foram chegando os correligionários e a conversa política ganhou asas. Depois de beberem a última, Galeno sugeriu: – Gente, acabou a cerveja! Vamos embora. Mas o bolicheiro interferiu: – Bueno, chê, se o doutor quiser, ainda pode beber as geladas. Ato contínuo, abriu uma porta sob a prateleira onde ficava o congelador repleto de cervejas. Galeno e vice só não choraram porque homem que chora perde eleição em Capão das Galinhas. Texto Anterior: Itamar muda atitude durante festa no Sul Próximo Texto: De dentro; Jogando tudo; Ato falho; Agenda política; Calendário tucano; Chovendo no molhado; Novo emprego; Tiroteio Índice |
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