São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 1994 |
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Mulher do vice dirige Museu da Imigração
MARIO CESAR CARVALHO
"Isso mais atrapalha do que ajuda. Todo mundo acha que consigo as coisas por causa do Goldman", diz Sara, que quer voltar a usar seu sobrenome de solteira (Belz). Ela é a mais duradoura das diretoras do Paço –está no cargo há seis anos e meio, período em que quatro secretários de Cultura já passaram pelo cargo. Não tem formação museológica. É artista plástica há 20 anos. A socióloga Jussara também não é especialista em museus. Só estagiou no Museu de Arte Moderna da Bahia quando estudava na Universidade Federal da Bahia em 1968. Fez doutorado sobre mercado de trabalho em Paris, mas não chegou a escrever a tese. Trabalhou de 1981 a 1993 no Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). Analisava dados do setor de saúde e de emprego na Grande São Paulo. "Não me incomodo com o papel de mulher de político mas sou uma profissional", afirma Jussara. Ela diz que "pessoalmente" até sente falta de formação museológica, mas acha que isso não afeta seu trabalho. O Museu da Imigração está sendo feito por uma equipe multidisciplinar, com historiadores, antropólogos, arquitetos e pedagogos, segundo ela. "É preciso conhecer a formação social do Brasil e isso eu conheço". Segundo Ricardo Ohtake, Jussara foi escolhida por causa de sua experiência no Seade e na última campanha eleitoral. "Ela conheceu muita gente e isso ajuda muito num museu como esse". Texto Anterior: Museólogos criticam descaso com as obras Próximo Texto: Pinacoteca é restaurada Índice |
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