São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Maioria dorme no "trabalho"

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Para evitar o desgaste e aumentar o faturamento diário, a maioria dos cortadores de capim faz as refeições e dorme no próprio local de trabalho. "Colocamos uma lona no chão e deitamos sob as árvores", diz Francisco de Assis, 18.
As refeições dos cortadores de capim são à base de carne seca, farinha, tomate, ovos e arroz. "Quando a fome aperta a gente acende o fogo e prepara a refeição", afirma Edvaldo Ferreira de Jesus, 17.
Os cortadores costumam trabalhar em grupos de quatro pessoas e não demoram mais de 15 minutos para cortar capim suficiente para encher um saco.
"Como estamos trabalhando no corte e venda do capim há mais de seis meses, a maioria dos comerciantes dá prazo de 15 dias para o pagamento dos sacos", diz Adalberto Sampaio, 32.
Para chegar à BR, os cortadores pegam carona, utilizam cavalos ou vão a pé. "O importante é começar o trabalho antes das 6h", diz Oswaldo dos Santos, 20.

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