São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Teto vai a CR$ 34,8 milhões

Os agentes financeiros poderão financiar até CR$ 34,8 milhões para compra da casa própria agora em março. Este valor correponde a 7.500 UPFs (Unidades Padrão de Financiamento), que é o limite dos financiamentos do SFH. O imóvel não poderá valer mais de CR$ 69,6 milhões (15.000 UPFs).
Os financiamentos do SFH continuam restritos aos imóveis construídos com recursos do banco que depois será o credor do mutuário. A construtora toma recursos do banco, ergue o prédio e depois repassa o financiamento ao mutuário final. Financiar imóvel usado é bem mais difícil.
Supondo que o financiamento seja de CR$ 34,8 milhões (aproximadamente US$ 54 mil), a prestação inicial, incluído o seguro, ficaria em torno de CR$ 470 mil se o prazo fosse de 180 meses (15 anos). Pelas novas regras do SFH, tanto no PES (Plano de Equivalência Salarial) quanto no PCR (Plano de Comprometimento da Renda) a prestação não pode superar 30% da renda do mutuário. Para evitar que este limite seja logo estourado, os bancos exigem que a relação inicial prestação/renda fique entre 20% e 25%.
Se o comprometimento inicial da renda com a prestação for de 25%, o mutuário com prestação de CR$ 470 mil precisaria apresentar uma renda familiar de no mínimo CR$ 1,8 milhão (US$ 2.900 no início de março).
Com o lançamento da URV (Unidade Real de Valor), os bancos certamente vão suspender os financiamentos até que fiquem claras todas as regras para saldo devedor, reajuste de prestações etc.
Os reajustes das prestações do plano de equivalência salarial para março já estão definidas, mesmo porque referem-se ao repasse de correções salariais já efetivadas (ver Roteiro de Índices). No repasse em 60 dias de contratos pela equivalência salarial plena, autônomo pagará mais 27,35% e aposentado do INSS, 75,28%. Em 30 dias, 30,25% nos dois casos.

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