São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Revendas abrem 4.000 vagas em 94
DENISE CHRISPIM MARIN
Nesse ano, cinco novas marcas devem entrar no mercado –Audi, Chrysler, Daihatsu, Daewoo e Jaguar– e as já estabelecidas alardeiam expansão de suas redes. Com isso, segundo cálculos da Associação Brasileira de Importadores de Veículos Automotores (Abeiva), o número de concessionárias deve saltar das atuais 600 para 750 e gerar cerca de 4.000 novos postos de trabalho. A interferência dos importados não se deu apenas na quantidade de empregos gerados –o perfil do profissional procurado também mudou. "Nossos produtos exigem atendimento diferenciado nas lojas e no pós-venda", explica Emílio Julianelli, 49, presidente da Abeiva. "E só é possível atingir esse grau de qualidade com pessoal mais selecionado e treinado." A maioria das revendas de importados exige gerentes com formação superior e prefere técnicos e engenheiros para as assistências técnicas. BMW e Mazda contratam vendedores sem experiência no ramo, para evitar o uso de técnicas viciadas de vendas, mas com noções de outro idioma. Já o treinamento é obrigatório em todas as marcas e para todas as funções. A importação de carros também criou novos postos de trabalho na área de produção de empresas de auto-peças e prestadoras de serviços. Mas a maior esperança de geração de empregos está na construção de novas linhas de montagem no Brasil. Marcas como a Peugeot, Renault e Land Rover entraram no país com essa promessa –e ainda não fixaram datas. Em maio, a Mitsubushi se antecipou e começou a produzir as caminhonetes L200 na Zona Franca de Manaus. Por enquanto, a empresa mantém 110 empregados diretos, que devem permanecer ainda por mais um ano e meio em treinamento intensivo. Outros 250 empregos indiretos já foram criados em empresas fornecedoras de auto-peças e acessórios. Próximo Texto: Tecnologia modifica perfil Índice |
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