São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Time descarta o uso do jogo aéreo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ataque do Palmeiras tomou todos os cuidados para o clássico de hoje. Apesar da boa estatura do centroavante Evair, os meias e os laterais vão evitar os cruzamentos altos, sem critério algum. "A bola só vai pelo alto bem centrada", disse o atacante Zinho. O motivo: evitar a barreira formada pelo zagueiro Júnior Baiano. "Engana-se quem pensa que ele é violento e grosso. Por ser grande, Júnior passa a idéia de que joga duro. Mas é habilidoso", conta Edmundo.
Zinho e Edmundo conviveram com o zagueiro são-paulino no futebol carioca. "O Júnior ganhou a fama de violento por influência dos companheiros de zaga do Flamengo", lembra Edmundo que, atacante do Vasco, recebeu um soco do zagueiro, em um jogo no Campeonato Brasileiro de 92. "O Gottardo ameaçava quebrar a perna dos adversários e o Júnior achava que tinha que fazer o mesmo."
A má influência, segundo Zinho, atrapalhou seu desenvolvimento. "Ele não sabe ainda quando pode sair driblando." O exemplo mais recente aconteceu contra a Portuguesa, em que Júnior perdeu a bola e permitiu o gol adversário. Indiferente aos comentários dos colegas, o centroavante Evair está cético. "Não sei como ele joga. Só espero que não use da violência porque não quero confusão", disse. (UB)

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