São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
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Prost é a arma do time para derrotar Senna

FLAVIO GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é a Ferrari a maior esperança dos dirigentes da Fórmula 1 para derrotar a Williams em 94. Pelos antecedentes, a McLaren surge como possível rival da equipe favorita ao título. Mais ainda porque acena com a única possibilidade de estabelecer um verdadeiro duelo de titãs nas 16 pistas do Mundial: a contratação de Prost para o lugar de Senna.
A grande dificuldade do time de Ron Dennis está na traseira dos carros projetados por Neil Oatley e Henri Durand, sabidamente uma dupla conservadora nas pranchetas. Ninguém sabe direito se os motores Peugeot, que estréiam na categoria, podem repetir o feito da Honda –que passou a fornecer os propulsores da McLaren em 88 e na primeira temporada conquistou o título.
É verdade que a Honda já vinha de um início vitorioso na Williams, enquanto que a Peugeot é absolutamente virgem em F-1. Os franceses, no entanto, evitam a modéstia no discurso. Nada de "estamos aqui para aprender". "No momento em que decidimos entrar na F-1, assumimos o compromisso de entregar à McLaren o melhor motor de todos", disse o diretor da Peugeot Sport, o ex-piloto Jean-Pierre Jabouille.
Dennis também não fez por menos e manteve a pose de vencedor apesar de ter perdido, em dois anos, a Honda e Senna. "Nós esperamos ser competitivos muito em breve. Se as coisas não acontecerem conforme nossos planos, não vamos procurar desculpas, mas sim as razões para poder melhorar", falou, no dia da apresentação de seu novo carro. Falta só o grande ás da manga, Prost. Ele testa o carro dia 8 de março no Estoril e depois decide se volta atrás na aposentadoria. (FG)

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