São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Debret à espera de um crítico
FERNANDA PEIXOTO MASSI Muito se fala da Missão Artística Francesa, responsável pela vinda ao Brasil de vários artistas estrangeiros no século 19, alguns destinados ao Instituto de Artes e Ciências, que deveria ser criado. Com os artistas e artesãos, chegavam ao país, a bordo do Calpe, quadros originais e cópias de pintores franceses e italianos. Ventos civilizatórios, que inaugurariam o ensino e o gosto pelas Belas Artes no Brasil. Os personagens dessa empreitada são muitos: Nicolas Antoine Taunay, Auguste Marie Taunay, Montigny, Pierre Dillon. Mas sem dúvida foi Jean Baptiste Debret –que permaneceu 15 anos no Brasil e em 1829 organizou aqui a primeira exposição de pintura –o nome que se tornou mais ilustre. De volta à França, o artista editou "Voyage Pittoresque et Historique au Brésil", documento valioso sobre os costumes e a vida cotidiana no Brasil. Não é à toa que as "cenas de rua" projetadas por Debret alimentam boa parte da pesquisa histórica sobre o século 19 na Casa das Rosas, pertencentes ao acervo da Fundação Castro Maya do Rio de Janeiro, representam uma rara oportunidade de ter contato com a produção plástica do artista, ainda à espera de um crítico.Casa das Rosas/Galeria dos Museus. Av. Paulista, 37, Paraíso, zona sul, Tel. 251-5271. Terça a domingo: 12h/18h. Gratuito. Texto Anterior: Mar de crueldade entre amantes Próximo Texto: Casarão cheio de mistérios Índice |
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