São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Brizola destina US$ 13 mi para lançar candidatura à Presidência

PLÍNIO FRAGA
DA SUCURSAL DO RIO

O governador Leonel Brizola (PDT) prepara uma ofensiva publicitária para a primeira quinzena de março, com as realizações na administração do Rio, para dar a largada na sua candidatura à Presidência da República. Brizola reservou o equivalente a US$ 13 milhões –o suficiente para a construção de 13 Cieps, carro-chefe eleitoral do PDT– para gastos de publicidade em 1994.
A verba de publicidade do governo do Rio, se dividida por 12, permite gastos de US$ 1,08 milhão por mês. Os pedetistas defendem o gasto dos US$ 13 milhões (CR$ 7,15 bilhões) –com as verbas concentradas entre março e setembro principalmente– comparando a verba do Estado com a conta publicitária do governo de Luiz Antonio Fleury no ano passado em São Paulo: US$ 33 milhões. O governo do Rio planeja a campanha publicitária oficialmente para comemorar três anos da administração Brizola, a serem completados em 15 de março, antes do prazo final para desincompatibilização em 2 de abril.
Na realidade, a campanha, a ser veiculada principalmente na televisão, investirá na imagem de administrador de Brizola para ampliar a presença do governador na mídia e tentar aplacar as críticas aos problemas de segurança no Estado.
Na avaliação de Brizola, o desgaste sofrido por sua imagem em episódios como as chacinas da Candelária e de Vigário Geral é maior do que a aproximação com Fernando Collor no período que antecedeu ao impeachment do ex-presidente. A relação Collor-Brizola já teria sido assimilada pelo eleitorado, mas a presença constante da violência do Rio no noticiário estaria corroendo o apoio ao governador e impedindo o crescimento em outras regiões.
Brizola pretende reforçar a imagem de que puniu os culpados pelas duas chacinas em contraposição à impunidade dos responsáveis pelo massacre do Carandiru em São Paulo, por exemplo.

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