São Paulo, terça-feira, 1 de março de 1994 |
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Região tem maior área cultivada do Estado
BRUNO BLECHER
Nos últimos 20 anos, segundo dados do Instituto de Ecomomia Agrícola (IEA), a região perdeu mais de 1 milhão de hectares de pastos e ganhou 628 mil hectares de cana, 246 mil ha de laranja, 220 mil ha de soja, 7 mil ha de seringueiras. No início do século, Ribeirão Preto era o principal polo cafeeiro de São Paulo. Com a crise de 1929, a agricultura regional se diversificou. O café passou a dividir espaço com a pecuária (corte e leite), algodão, cana-de-açúcar, milho, citros, soja e tomate. Logo chegaram os frigoríficos, indústrias de beneficiamento de algodão, têxteis, usinas de açúcar e álcool, latícinios e fábricas de suco cítricos. Com a implantação do Proálcool, em 1975, os canaviais mudaram a paisagem da região. Em 20 anos, a área da cana cresceu 250% e hoje ocupa 27% da área cultivada (879 mil ha). A expansão da citricultura também foi acelerada. Entre 1970 e 1993, a laranja registrou crescimento de 250% na região, saltando de 98.113 ha para 246.021 ha. "Uma característica marcante da região é a diversificação agrícola, com zonas especializadas. Bebedouro produz sucos cítricos; a zona de Franca, café; Guaíra e Orlândia plantam grãos; Guariba e Sertãozinho se destacam pelo açúcar e álcool; Descavaldo pela avicultura", explica Nelson Batista Martin em estudo sobre a dinâmica da agricultura paulista, publicado recentemente pelo IEA. Responsável por 37% da produção de cana de São Paulo, 60% da de soja e 46% da de laranja, Ribeirão apresenta alto índice de produtividade no campo. Para Marin, isto se deve, em grande parte, à presença marcante da agroindústria e das cooperativas. Texto Anterior: Rotação com cana valoriza amendoim Próximo Texto: A agricultura na revisão constitucional Índice |
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