São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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Governo tentará evitar a votação da MP
INÁCIO MUZZI
O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, já trocou impressões sobre a estratégia com líderes governistas no Congresso. Os interlocutores do ministro concordaram que não existe melhor forma de preservar a MP da URV de alterações, do que evitando a sua votação. Há uma concordância generalizada de que a questão salarial fatalmente atrairá a atenção de partidos ou de grupos parlamentares interessados em patrocinar alterações. A não-apreciação de uma medida provisória dentro do prazo regulamentar de 30 dias decorre tradicionalmente da ausência do quórum absoluto (252 deputados e 42 senadores) nas sessões convocadas para a votação da admissibilidade da matéria e, posteriormente, de seu mérito. A estratégia do governo fica, portanto, dependente da promoção do absenteísmo não só por parte dos partidos que o apóiam no Congresso –com número insuficiente para obstruir uma votação–, como também por parte de aliados eventuais. Como aliado eventual, o governo quer basicamente o PFL. O partido votou afinado com o Ministério da Fazenda na apreciação do Fundo Social de Emergência. Pesa ainda nas contas da liderança governista a intenção anunciada do governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, de patrocinar uma aproximação do PFL com PSDB, caso o candidato tucano às eleições presidenciais seja o ministro Fernando Henrique Cardoso. Texto Anterior: Quércia tenta hoje superar dificuldades Próximo Texto: Empresas obtêm liminar a favor de participação Índice |
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