São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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CUT e CGT decidem preparar greve geral
DA FOLHA ABCD E DA REPORTAGEM LOCAL A CUT vai preparar uma greve geral para a segunda quinzena de março contra as perdas na conversão dos salários em Unidade Real de Valor (URV). A decisão foi tomada ontem em reunião geral da diretoria executiva ampliada da entidade. A data para a greve, que deverá durar um dia, depende de discussão com as outras centrais sindicais, da data da votação da medida provisória que cria a URV no Congresso e de consulta às categorias dos sindicatos filiados.A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), em reunião da direção executiva realizada ontem, em Brasília, votou pela greve geral. "A nossa decisão foi exatamente a mesma da adotada pela direção da CUT", afirmou o presidente da CGT, Canindé Pegado. Também o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, e o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, gostaram da decisão adotada pela CUT. "A direção da Força Sindical vai se reunir dias 7 e 8, quando decide se vamos fazer greve geral ou não. Mas eu e o Medeiros vamos defender a paralisação", disse Paulinho. "A data é o de menos, o que importa é a disposição das centrais de se unirem contra as perdas", afirmou. Paulinho e Medeiros, Pegado e Meneguelli trocavam telefonemas ontem para tentar marcar encontro para combinar o dia da greve. A CUT aprovou ainda a realização de uma Plenária Nacional da três centrais, no dia 16, proposta também aceita pela Força Sindical. Já o presidente da Central Geral dos Trabalhadores, Antonio Neto, disse que não quer fazer uma greve eleitoreira. "Prefiro, antes de falar em greve, primeiro pressionar o Congresso. Se ele não alterar as regras de conversão em URV, vamos então à Justiça. Caso nada disse der certo, daí vamos falar em greve." Neto disse, no entanto, estar aberto às negociações. As representações da CUT de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul vão discutir hoje formas de protesto contra o Plano FHC. Os bancários de Campo Grande e região tem assembléia na sexta-feira. O Sindicato dos Telefônicos de Mato Grosso do Sul (Sinttel-MS) está mobilizando a categoria para "brigar contra o plano", de acordo com Carlos Mourão, secretário de Política Sindical. Colaborou a Agência Folha, em Campo Grande. Texto Anterior: Liminar autoriza empresas a entrar em concorrências Próximo Texto: Ministro insiste que haverá ganho Índice |
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