São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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FHC agrada publicitários
NELSON BLECHER
Para Tom Eisenlohr, consultor de marketing político e institucional, a aparição de FHC foi "perfeita" sob o ponto de vista formal. "Ele conseguiu infundir credibilidade, confiança e firmeza", disse o publicitário, que foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Tancredo Neves. "Muito eficaz, FHC conseguiu demonstrar segurança quanto às informações que transmitia", concorda Mauro Salles, conselheiro da agência Salles/Inter-Americana."Nem o ministro, nem seus assessores demonstraram qualquer tipo de arrogância ou pretensão. Não fingiram ser super-homens". Para ele, segurança e credibilidade são bases essenciais a qualquer comunicação. Eislohr também remete à comparação com o confuso anúncio do Plano Collor feito pela ex-ministra Zélia Cardoso de Mello. "Fernando Henrique fez a gente acreditar no plano, embora sem entender. Zélia se meteu a esmiuçar detalhes técnicos e meteu os pés pelas mãos". Salles também concorda que FHC agiu bem ao deixar o "segundo tempo" da apresentação aos seus assessores econômicos. "Não tenho dúvida que, comparado aos anúncios de planos anteriores, houve uma melhora bastante apreciável", afirmou. Eislohr computa, no entanto, uma desvantagem: como se trata de um plano negociado, feito para o mercado "discutir, digerir e desenvolver", torna-se difícil compreender na íntegra a mensagem difundida. Texto Anterior: 9% se dizem bem informados Próximo Texto: 'É maquiavélico', diz Conceição Tavares Índice |
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