São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994
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P-19 virá em três anos

MARCELO LEITE
DO ENVIADO ESPECIAL A PARANAGUÁ

A plataforma P-18 deverá ganhar dentro de no mínimo três anos uma irmã quase gêmea, a P-19. Ela chegou a passar por processo de licitação mas foi adiada, em 1991, por falta de verba para o investimento de mais US$ 760 milhões.
Segundo João Carlos Graça de Luca, diretor de Operações e de Exploração da Petrobrás, a conjuntura financeira é hoje mais favorável a um empreendimento desse porte. "A Petrobrás tem um excelente nome internacional", afirmou.
Segundo o diretor da estatal de petróleo, ainda este mês será decidido o formato da licitação, que tomará então os seis meses seguintes. Falta decidir se será construída uma plataforma inteiramente nova como a P-18, ou se será convertida alguma plataforma já pronta. A P-19 será ligada a 31 poços, contra 26 da P-18, mas sua produção diária será equivalente, 100 mil barris diários.
A P-18 foi construída em duas fases, divididas entre os dois parceiros do consórcio, Tenenge e Fels. A Fels se encarregou da construção propriamente dita e da embarcação, composta por dois cascos sumersíveis, quatro colunas e um convés duplo onde ficam os equipamentos para processamento do óleo (separação de água e de gás).
A Tenenge realizou o trabalho de montagem e integração de sistemas, tubulações e alojamentos no canteiro de 300 mil metros quadrados que mantém no Pontal do Sul em Parananguá. Cerca de mil operários trabalham no canteiro especializado em construção de plataformas petrolíferas.
Além da P-18, encontra-se em construção no momento no Pontal do Sul uma plataforma de exploração pequena, para a Elf de Angola O contrato é de US$ 25 milhões. A Tenenge não tem no momento nenhuma outra encomenda fechada. Seu outro canteiro especializado nesse setor, que fica em Arat (BA) e tem 125 mil metros quadrados, está atualmente ocioso. (ML)

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