São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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Maior plataforma do mundo é inaugurada Petrobrás usa solenidade para defender monopólio MARCELO LEITE
A P-18 foi construída por um consórcio formado pela Tenenge –Técnica Nacional de Engenharia S/A, empresa da Organização Odebrecht– e por uma empresa de Cingapura, a Fels (Far East Levingston Shipbuilding). O valor total do contrato de construção é de US$ 272 milhões, que foram financiados pela "trading" Nissho Iwai, uma das maiores do Japão, que fatura US$ 85 bilhões anuais. Esse financiamento não implicou desembolso por parte da Petrobrás. A Brasoil, subsidiária, entregou a P-18 de volta aos japoneses pelo valor do financiamento e a recebeu de volta sob a forma de leasing. Assim, a dívida de US$ 272 milhões só começará a ser paga depois que plataforma entrar em funcionamento. O investimento total da empresa estatal de petróleo no campo de Marlim (bacia de Campos, RJ) alcançou de US$ 960 milhões. Graças a ele o campo estará produzindo até o final de 1995 100 mil barris diários de petróleo, informou João Carlos França de Luca, diretor de Produção e Exploração da Petrobrás. Isto representa um acréscimo de 15% à produção nacional de 725 mil barris diários. ProdutividadeO ato de batismo da nova plataforma não deixou de ser uma oportunidade para a defesa do monopólio estatal do petróleo. De Luca respondeu acusações de baixa produtividade da Petrobrás dizendo que o custo direto de extração da empresa está em torno de US$ 3,85 por barril e no campo de Marlim chegará a apenas US$ 2,5, enquanto nos poços britânicos do mar do Norte ele é de US$ 4,17 por barril. "Estamos perfeitamente competitivos em nível internacional", disse De Luca. Texto Anterior: P-19 virá em três anos Próximo Texto: Abate clandestino faz o Frigovalpa fechar Índice |
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