São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994
Texto Anterior | Índice

Procon defende negociação

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

"Se isso realmente acontecer, as escolas vão conseguir legalizar tudo que fizeram de errado nos últimos anos", afirmou o coordenador do Procon (Coordenadoria de Defesa e Proteção do Consumidor), Marcelo Sodré, 36.
Para ele, além de ser ilegal as escolas reajustarem seus preços mensalmente, elas teriam de negociar com os pais para alterar os contratos que estão regendo as mensalidades deste ano. "A lei diz que conversão não pode ser feita unilateralmente", afirma, no mesmo sentido, a presidente da Associação de Pais e Alunos do Estado de São Paulo, Hebe Tolosa.
Pelo IPC da Fipe, as mensalidades em São Paulo aumentaram 53,28% em janeiro, contra 40,3% de inflação. Em fevereiro, o aumento foi de 44,04%, contra 37,05% de inflação. "O aumento de janeiro e fevereiro já foi substancial. Eu não permitiria que se convertesse a mensalidade em URV se a média não fosse feita, no mínimo, com os últimos 12 meses", diz o consultor e professor de matemática financeira aplicada, Dutra Vieira Sobrinho, 55.
"Fernando Henrique prometeu que a conversão das mensalidades teria de ser negociada", afirma Tolosa, que se reuniu com o ministro sexta-feira passada. (FR)

Texto Anterior: Colégios de SP decidem cobrar em URV
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.