São Paulo, quarta-feira, 2 de março de 1994 |
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Coreógrafa quer eliminar cenografia decorativa
ANA FRANCISCA PONZIO
"Set and Reset", um dos "carros-chefes" do repertório de Brown, que será apresentado no Carlton Dance, tem cenografia de Rauschenberg e música de Laurie Anderson. A seguir, a coreógrafa e bailarina fala sobre a participação de Rauschenberg nos trabalhos desenvolvidos pela Trisha Brown Company. * Folha – Como é a relação de Robert Rauschenberg com a sua dança? Trisha Brown – Rauschenberg é um gênio, um mestre do teatro e das artes visuais. Temos uma amizade profunda, que já dura 32 anos. Nós inspiramos um ao outro. Ele tem uma relação integral com meu trabalho e sempre cria um diálogo maravilhoso com o que eu faço. Folha – Ao desenvolver um espetáculo, vocês criam juntos ou separados? Trisha – Em três de nossas colaborações eu fiz a coreografia e mostrei a ele que, depois, criou o cenário a partir da coreografia. No caso de "Astral Convertible", que coreografei em 1989, eu pedi a ele um cenário específico. Folha – Por que Rauschenberg chama seus cenários de apresentações visuais? Trisha – Nós usamos a expressão "apresentação visual" porque queremos eliminar a idéia do cenógrafo que faz a decoração de uma coreografia. Rauschenberg não realiza meros invólucros para meus espetáculos. (AFP) Texto Anterior: Trisha Brown é estrela do Carlton Dance Próximo Texto: Via Láctea; Godê Índice |
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