São Paulo, quinta-feira, 3 de março de 1994 |
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Metalúrgicos de SP fazem greve parcial
ELVIRA LOBATO; CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Para os sindicatos, 138 mil trabalhadores de 642 empresas aderiram à paralisação, de um total de 350 mil. O diretor-titular do Departamento de Relações do Trabalho da Fiesp, Jayme Gamboa, disse: "Pelo que eu pude perceber, se teve greve, ela foi insignificante.". Luiz Antônio de Medeiros, presidente Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, liderou um arrastão com menos de 2.000 metalúrgicos em Santo Amaro, que começou na Villares, onde houve paralisação. No bairro do Ipiranga, zona sul, um arrastão com 4.000 foi liderado pelo vice-presidente do sindicato de São Paulo, Paulo Pereira da Silva. O arrastão começou na fábrica de caminhões da Ford. Segundo a Autolatina, os 2.100 funcionários da fábrica pararam e 108 caminhões deixaram de ser produzidos. Em Osasco, segundo a direção do sindicato, 30 mil metalúrgicos aderiram à greve e houve paralisação nas fábricas da Osram, Cobrasma, ABB (Asea Brown Boveri), Cimaf e Braseixos. A ABB disse que 290 de seus 2.100 funcionários pararam. O presidente do sindicato na cidade, Cláudio Camargo Crê, o Magrão, disse que a paralisação foi de 100% no centro. A Ford de Osasco não parou. Em Guarulhos, segundo José Pereira dos Santos, secretário-geral do sindicato, 15 mil trabalhadores de 22 empresas pararam. No final da tarde, após audiência de conciliação com a Fiesp, os trabalhadores decidiram em assembléia com pouco mais de 500 pessoas, debaixo de chuva, voltar ao trabalho. "A mobilização apenas começou", disse Medeiros. Texto Anterior: PT participa da revisão para votar contra Próximo Texto: Governadores insistem na redução do prazo Índice |
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