São Paulo, quinta-feira, 3 de março de 1994
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Flipper completa um ano em liberdade

Golfinho parece bem readaptado

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Como no filme "Free Willy", a história de Flipper, o úlltimo golfinho "nariz-de-garrafa" que estava em cativeiro no Brasil, tem até agora um final feliz. Flipper foi visto pela última vez no final de janeiro, em São Francisco do Sul, Santa Catarina, cerca de 300 km ao norte de onde foi libertado há um ano, em Laguna.
O golfinho havia passado oito de seus então 10 anos de idade num tanque de 14 m de diâmetro do Oceanórium de São Vicente (SP). Após quatro anos e disputa judicial, Flipper foi passado em 1992 aos cuidados da WSPA (Sociedade Mundial Para a Proteção Animal), que investiu cerca de US$ 40 mil para libertá-lo.
A entidade trouxe dos EUA um especialista em golfinhos: o treinador "arrependido" do Flipper do seriado de TV norte-americano, Richard O'Barry.
Em 17 de janeiro do ano passado, Flipper foi levado de helicóptero de São Vicente até Laguna. Lá, ficou dentro de um cercado em um canal até 2 de março, quando foi libertado. Três semanas depois, apareceu machucado na praia do Sonho, próximo a Florianópolis.
"Ele deve ter levado uma surra de outros golfinhos da região em disputa por território ou fêmeas. Por isso, deve ter ido mais ao norte, onde está", diz Marco Antonio Ciampi, 38, representante da WSPA no Brasil. Segundo ele, a identificação de Flipper é fácil porque foi gravada uma bandeira brasileira em sua barbatana.
O biólogio Mário Rollo, da Universidade de São Paulo, apresentou os resultados da experiência na 10ª Conferência sobre Mamíferos Marinhos, em Galvestone, Texas, em novembro. (Fernando Rossetti)

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