São Paulo, sexta-feira, 4 de março de 1994
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Veras defende candidatura de FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O novo ministro do Planejamento, senador Beni Veras (PSDB-CE), defende a candidatura do colega de partido e ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, à Presidência da República. Veras, 56, disse à Folha que o PSDB escolheu FHC como candidato à Presidência, "o que o obriga a deixar o ministério".
Empresário do setor de confeções, Beni Veras ainda não sabe quando concluirá as modificações que precisam ser feitas na Lei Orçamentária para adequá-la ao FSE (Fundo Social de Emergência).
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Folha - O sr. defende que o ministro Fernando Henrique Cardoso deixe o governo para ser o candidato do seu partido, o PSDB, à Presidência da República?
Beni Veras - Quem deve avaliar esta situação é o próprio ministro.
Folha - Dentro do PSDB, qual a sua posição?
Veras - O PSDB o escolheu como candidato a presidente, o que o obriga a sair do ministério. Esta é a posição atual do partido, mas a coisa pode mudar.
Folha - O atual presidente do PSDB, Tasso Jereissati, seria um bom substituto para FHC no Ministério da Fazenda?
Veras - Acho que não. Ele até seria um bom ministro, mas tem seus objetivos. Não vai ficar sem mandato eleitoral por mais quatro anos. Isso não convém à ele.
Folha - O sr. terá de adaptar a Lei Orçamentária ao texto do FSE para que ela possa ser votada pelo Congresso. Quando isto estará concluído?
Veras - Antes, tenho que resolver a greve do setor de processamento de dados na Secretaria de Orçamento e no Ipea. Eles reivindicam uma gratificação prometida há mais de um ano e não pretedem retornar ao trabalho sem que ela seja paga. Isto atrapalha a conclusão do Orçamento.
Folha - O que precisa ser modificado no Orçamento para que ele se adapte ao FSE?
Veras - Praticamente, é um ajuste de redação. Não há novos cortes previstos ou definição de novas prioridades.

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