São Paulo, sexta-feira, 4 de março de 1994
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Jovens franceses fazem protesto por salários

FERNANDA SCALZO
DE PARIS

Depois de cinco horas de reunião, representantes de sindicatos e o premiê francês, Édouard Balladur, não chegaram a nenhum acordo ontem quanto à aplicação do decreto do Contrato de Inserção Profissional. Cerca de 10 mil manifestantes (5 mil, segundo a polícia), a maioria estudantes, fizeram passeata à tarde no centro de Paris contra o CIP, que permite às empresas contratarem jovens de menos de 26 anos por 80% do salário mínimo (cerca de US$ 670).
O representante da CGT saiu antes de a reunião terminar. Embora se recuse a retirar o decreto, o premiê já fez algumas concessões quanto à remuneração dos jovens com dois anos de estudos depois de terminado o colegial. Eles passariam a receber 80% do salário "convencional" em sua área de trabalho –o que não será, portanto, inferior ao mínimo.
A intenção do governo é diminuir a taxa de desemprego entre jovens dessa faixa etária (cerca de 25%). Os críticos dizem que o CIP pode provocar um empobrecimento geral da sociedade, além de desvalorizar a formação profissional.

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