São Paulo, sábado, 5 de março de 1994
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Tudo ou nada; Mapa eleitoral; Dúvida cruel; Farpas internas; Aliança traída; Pedra no caminho; Dando o troco; Pela candidatura; Escorregão; Sintonia fina

Tudo ou nada
Na reunião de ontem pela manhã, o grupo de Fleury concluiu que, sem uma candidatura alternativa à de Quércia, boa parte do PMDB passaria a apoiar já FHC para presidente. Decidiu-se que o governador se lançaria à tarde.

Mapa eleitoral
Fleury pretendia anunciar sua disposição de tentar a candidatura do PMDB em sua cidade, São José do Rio Preto. Uma checada na agenda de ontem, porém, mostrou que o lugar mais próximo seria Rubinéia. O lançamento foi lá.

Dúvida cruel
Aliados de Fleury continuam divididos: uns acham que os antiquercistas querem apenas que o governador ajude a barrar Quércia para depois apoiarem FHC; outros acreditam que o apoio é sincero e que vai durar até o primeiro turno.

Farpas internas
Três dos quatro caciques tucanos querem ver FHC no palanque, em breve. São eles: Tasso Jereissati, Mário Covas e José Serra. Contra, opera Ciro Gomes, que se diz preocupado com o país. Mas os tucanos juram que é inveja.

Aliança traída
Esperidião Amin (PPR-SC) está amuado com a aliança em contrução entre PSDB e PFL. "Os tucanos vão sempre chamar o PFL de 'aquela gente', enquanto nós, do PPR, o chamamos de 'a nossa gente', com carinho."

Pedra no caminho
Tanto quercistas como adversários do ex-governador eram unânimes ontem: o resultado do processo sobre as importações de Israel será decisivo para seu futuro. O mesmo vale para Fleury.

Dando o troco
José Dirceu (PT) reuniu-se com os prefeitos petistas de São Paulo. Foi para reagir à iniciativa que credita ao prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, de tentar levá-lo a abandonar a candidatura ao governo para apoiar Covas (PSDB).

Pela candidatura
De Sérgio Magalhães, presidente do Sindimaq, um dos mais importantes sindicatos da Fiesp: "Ao contrário da Fiesp, que acha que o Fernando Henrique Cardoso tem que tutelar o plano, gostaria de vê-lo fora do ministério."

Escorregão
Na homenagem a FHC, ontem, o empresário da construção civil Romeu Chap Chap acabou tropeçando nas letras durante seu discurso. Falou em "Plano FCH2."

Sintonia fina
De Francisco Dornelles (PPR-RJ): "O que há de bom no Plano FHC é a sintonia entre a boa técnica e o poder de sedução do ministro. Se ele sai candidato, o plano perde uma perna, desaba e leva a candidatura junto."

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