São Paulo, sábado, 5 de março de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comissão enfrenta dificuldades para apurar denúncias contra Executivo

SILVANA FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um mês depois de criada, a Comissão Especial de Investigação do Executivo (CEI) não obteve nenhum avanço nas apurações sobre a participação de servidores públicos no esquema de corrupção do orçamento. Esvaziada, a comissão decidiu ouvir no dia l4 os quatro coordenadores das subcomissões da CPI do Orçamento para tentar trilhar os primeiros passos das investigações.
As dificuldades surgiram já na instalação da CEI, quando o senador Humberto Lucena, presidente do Congresso, recusou-se a entregar os relatórios das subcomissões. "Estamos presos ao relatório final", disse ontem o presidente da comissão, ministro Romildo Canhim (Administração Federal).
O pretexto da convocação será um convênio aparentemente irregular entre o Ministério do Bem Estar Social e o governador do DF, Joaquim Roriz. Neste convênio, o governo do DF repassou os recursos (Cr$ 208 milhões, em valores de março de 1991) à Fundação Essênia, para construção em todo o país de galpões de ensino profissionalizante que seriam utilizados pelo próprio ministério.
Com uma estrutura pequena e sem possibilidade de obter a quebra do sigilo bancário e fiscal, a CEI também fracassou na tentativa de obter declaração de bens de todos os servidores que controlam despesas públicas. (SF)

Texto Anterior: Governo federal responde a cerca de 600 mil processos
Próximo Texto: Deputados investigados poderão disputar eleição; Justiça do Amazonas beneficia sem-terra; PT-SP quer CPI para apurar déficit em 93; PF prende empresário que frauda Previdência
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.