São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Brasil vive "revolução"

DA REPORTAGEM LOCAL

Até três anos atrás, poucos empresários brasileiros conheciam o significado do termo ISO 9000 (certificado de qualidade de acordo com as normas da International Organization for Standardization). Hoje, 215 empresas já possuem o certificado, vital para o acesso ao mercado internacional, e centenas de outras se preparam para obtê-lo.
"A abertura da economia brasileira desencadeou uma revolução no país e este movimento é irreversível", afirma o engenheiro Vicente Falconi Campos, consultor da Fundação Cristiano Ottoni, que assessora empresas do porte da Sadia, CSN, Santista e Gerdau.
O movimento envolve grandes empresas e indústrias com menos de cem empregados –entre elas a Alpino Indústria Metalúrgica, no interior de São Paulo. Segundo seu diretor industrial, Marco Gianpieteri, a Alpino conseguiu, em um ano, reduzir de 3% para 1% o índice de rejeição de peças. Dos 90 empregados, só um não se engajou nos programas de melhoria.
Há também experiências na administração pública. No Rio Grande do Sul, a administração estadual está sendo treinada em TQC junto com 270 empresas, num trabalho coordenado pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Grupo Gerdau.
Em universidades e escolas do segundo grau, a qualidade total começa a ser associada à formação básica. No Colégio Bandeirantes, em São Paulo, o coordenador de orientação profissional, Roberto Nasser, distribui textos sobre qualidade aos alunos e ensina que gostar de biologia não é suficiente para se cursar medicina: "É preciso saber trabalhar em equipe, conhecer a informática e estar em busca constante da qualidade", diz.

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