São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Média em 12 meses é maior

A forma conversão das mensalidades das escolas particulares de São Paulo, de cruzeiros reais para URV, proposta pelo sindicato da categoria, gerou polêmica na semana passada. Pela proposta, seria feita a média com base nos valores dos últimos quatro meses e, ao resultado encontrado, acrescentados 12,4%, correspondentes ao aumento real concedido aos professores através de acordo.
O ministro da Fazenda reagiu, afirmando que, além de ser uma decisão unilateral das escolas, sem negociação com os pais de alunos, não é permitido qualquer aumento sobre o valor já convertido em URVs, sem autorização do governo. Propôs, ainda, que a média fosse feita com base nos últimos 12 meses.
Cálculos feitos em cima de uma mensalidade cobrada por um colégio de São Paulo, que segue as orientações do sindicato da categoria, mostram que a média de quatro meses resulta em um valor um pouco mais baixo que a baseada em 12 meses.
Mas vale lembrar que muitas escolas refazem suas planilhas financeiras no início do ano e praticam aumentos maiores que a inflação na mensalidade de janeiro. Neste caso, a média de 12 meses pode resultar em um valor mais baixo.
No exemplo do colégio que segue as orientações do sindicato, aumentando mensalmente as mensalidades de acordo com a inflação, a média dos últimos quatro meses, para a 2ª série do 2º grau, resulta em 156,07 URVs. Aplicando-se o acréscimo de 12,4%, o valor a ser cobrado a partir de abril seria de 175,42 URVs.
Caso a média fosse baseada nos últimos 12 meses, seu valor seria de 158,14 URVs, 2,07 URVs a mais que a média de quatro meses, sem considerar o aumento de 12,4%.
A mensalidade de março, que vence amanhã, é de CR$ 122.179, ou cerca de 177,50 URVs. Superior, portanto, ao valor proposto pelo sindicato para abril.

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